O que quero das férias

Arthur Rackham

Eu falei algumas besteirinhas despretenciosas no post anterior, falei um pouco sobre ter planos para as férias e é sobre isso que quero falar. Esse ano tem sido esquisito, como todos sabem, passou muito rápido, mas ao mesmo tempo devagar. Fiquei triste, pois saí de uma rotina muito cheia para uma outra bem espaçada, mas que não consegui tirar proveito algum da abundância de tempo que tive, logo quero tentar aproveitar um pouco as minhas férias de fim de ano. Sendo assim, aqui está a lista do que quero fazer, como forma de me motivar a realizá-la, e tentar evitar a procrastinação (que, infelizmente, é minha companheira há tempos): 

- Estudar. Principalmente, revisar assuntos que fazem parte da minha área, e que deveria ter prestado mais atenção durante o ano, dar continuidade aos estududos de japonês e francês, mas também gostaria de estudar sobre outros assuntos sobre os quais dtenho interesse. 

- Emagrecer/fazer exercícios. Durante esse ano eu fiz mais exercícios do que de costume, mas demorei bastante para começar, e paro constantemente, então durante as férias pretendo voltar e, se der tudo certo, emagrecer um pouco também (o que, com certeza, não será a mais fácil das coisas). 

- Ler. Durante esse ano li cerca de 15 livros, e tenho alguns na minha lista. Gosto muito de ler, mas é algo que, infelizmente, acabo procrastinando muito ou dando longas pausas. 

- Assistir filmes. Eu gosto de cinema, mas desde o ano passado tenho assistido cada vez menos filmes, e durante esse ano, assisti pouquíssimos. 

- Cozinhar. Eu não sei cozinhar, pois fiz poucas coisas na cozinha. Mas eu gosto bastante do assunto, constntemente vejo receitas, principalmente de doces e é isso que gostaria de tentar fazer mais. Já fiz tortas, bolos e biscoitos algumas vezes, e gostaria de fazer mais, aprender de verdade. 

- Me dedicar mais às artes manuais. Quero tricotar e crochetar mais, e voltar a fazer meus bordados em ponto-cruz, além disso quero também me aventurar com bordado livre em breve. 

Bom, acredito que, em essência, é isso. São poucas coisas, mas que na verdade também são muitas, pois além de deixar tudo pra depois, sou uma pessoa que costuma fazer as coisas de forma relativamente devagar, então as 24 horas diárias são poucas demais. 

Tempo livre (ou nem tanto?)

 

Ilustração de Kate Greenaway

Hoje, finalmente foi o último dia de avaliações da minha faculdade. Na verdade, ainda existe mais uma atividade para fazer (em minha defesa: foi atribuída hoje mesmo), e ainda tenho algumas pendências na outra faculdade, além das notas que ainda estão para sair (espero muito passar, tô cansada demais) mas o sentimento de férias tá muito bem presente e instalado no meu corpo. Com isso dito, eu passei o dia fazendo nada demais, e agora me veio a cabeça que com tempo livre provavelmente vou encher isso aqui de coisinhas, e a verdade é que espero realmente fazer isso, tenho várias coisas que espero conseguir fazer durante essas férias, acredito que mais tarde eu vou registrar algumas desses objetivos aqui, como incentivo. Quando eu começo a falar comigo mesma, ou escrever, sempre vira uma bagunça porque quero juntas muitas coisas ao mesmo tempo, às vezes é difícil organizar as palavras, e isso acontece quando converso com outras pessoas também, tem situações em que é tanta a dificuldade, que simplesmente desisto de falar. 

Enfim, hoje eu não quis desistir, e escrevi qualquer coisa por aqui, e espero que esse texto bobo e sem sentido funcione como uma cadeia de eventos e acabe me motivando a fazer as coisas durante as férias. 

Meu primeiro par de bloomers, ou o prazer de fazer coisas à mão

Na semana passada costurei de verdade pela primeira vez. Inspirada pelo post da The Charm Fairy, e assim como ela, usando o vídeo da Tai Fontana do MeLikesTea como base (fiz à mão, no entanto, já que não tenho máquina) finalmente tomei coragem de fazer uma peça que namoro já há muito tempo: bloomers. Para isso, usei um tecido que minha mãe havia comprado há bastante tempo e ainda não tínhamos usado, linha e agulha, claro. 

Eu não tirei fotos do processo, infelizmente, pois meu trabalho estava uma bagunça, e fiquei com vergonha; meus pontos ficaram longe de perfeitos, e cometi alguns erros, principalmente quanto a fixação da linha, pois alguns pontos ficaram fracos e precisarei reforçar. Como eu disse antes, essa foi a primeira vez que costurei de fato, o máximo que tentei anteriormente foi um conserto num buraquinho de uma camisa, e teste de pontos há anos atrás... apesar disso, decidi fazer mesmo assim, e fiquei muito satisfeita. Já fazem uns anos que tenho interesse em aprender a costurar, mas minha essência procrastinadora me fez demorar a tentar, estava precisando desse impulso, e agora que tentei, estou ansiosa para continuar a trilhar esse caminho. 

Fiona dormindo na minha barriguinha

Foi ótima a sensação de fazer uma peça com as próprias mãos, e vê-la tomando forma. Desde que aprendi crochê há cerca de 3 anos, tenho me apaixonado por essa sensação cada vez mais, sentir a linha, o barbante, o toque gelado das agulhas, o anseio pelo resultado e a angústia de ter acabado um projeto e precisar começar um outro, e o mesmo se repete com o tricô, ponto cruz, etc. Chegou o ponto em que desejo registrar minha evolução na feitura do que gosto, mas não só isso, pois a essência do meu casulo é o registro: o que faço, o que gosto, o que conheço.  ❦