domingo, 11 de agosto de 2024

eu perdi o meu diário

 eu sempre quis ter o hábito de escrever um diário, quando criança os personagens nos filmes, novelas e desenhos que assistia costumavam fazer isso e eu achava o máximo, mas por trás de escrita sempre parecia que existia algo de extraordinário para ser escrito sobre e minha vida e eu mesma não soavam interessantes o bastante para isso. eu até tentava, comprava alguns e escrevia uma página ou outra e acaba apagando... com o passar dos anos minhas concepções em relação à escrita deles mudou e decidi começar um esse ano, mas...  depois de escrever uma página perdi o caderno em algum lugar da casa e simplesmente não encontro já há uns 5 meses 

durante esse tempo tive vontade de escrever sobre o quanto esse ano tem sido cansativo, solitário e triste, sobre as minhas inseguranças que só crescem. sobre como eu não sei lidar e aproveitar minhas conquistas, e como eu gostaria de conseguir me amar um pouquinho e usar o tempo para ser. sempre sentindo o tempo escorrendo pelas minhas mãos paralisadas. escrever sobre uma estranha obsessão que eu tenho com a beleza, que é tão grande e de certa forma, abstrata?, ao ponto de não conseguir fazer nada para alcança-la e por isso desgostar de quase tudo que faço. escrever sobre não saber escrever e expressar nada do se passa pela minha cabeça e meu organismo e provavelmente, por isso, apagar todas as páginas (ou nem mesmo escrevê-las no fim das contas). 


segue a única imagem que tenho desse meu colega perdido: 

(o da direita) ambos da Folk Books.